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Carros: conheça marcas que desistiram de atuar no Brasil

É comum pessoas entre 25 e 30 anos se lembrarem de carros que já viram nas ruas algumas vezes e, de repente, a marca ou o modelo deixou de ser produzido e nunca mais foi visto. 

Acontece (mais do que imaginamos, inclusive) que algumas montadoras de automóveis se aventurem por aqui no Brasil e encontrando dificuldades. Dificuldades essas das mais adversas, desde falta de mercado até problemas econômicos no mercado mundial. 

No artigo de hoje vamos falar de algumas marcas e carros que passaram pelo nosso mercado, mas, por algum motivo, desistiram de atuar por aqui. Com certeza você já deve ter visto um pelas ruas, quem sabe o artigo lhe ajuda a refrescar a memória. 

Seat

Imagem/Fonte: Auto ABC

A Seat é uma montadora de automóveis da Espanha que, com Audi, Škoda, Bentley, Bugatti, Lamborghini, Porsche e Ducati, compõem o Grupo Volkswagen. Um dos maiores conglomerados em atuação no planeta. 

Ao embarcar no Brasil em 1995, trouxe os modelos Ibiza e Cordoba (com algumas variações perua e furgão), ambos muito parecidos visualmente e iguais mecanicamente ao VW Polo, que já vendia bem por aqui. Essa receita não deu muito certo.

Como é de se imaginar, um carro importado é automaticamente mais caro que um carro popular nacional. Dito isso, os Seat eram iguais ao Polo, mas mais caros. Essa combinação fez com o que a marca caísse no esquecimento e a mesma sumiu discretamente em 2002, voltando a atuar somente no mercado europeu. 

Hoje em dia a Seat continua no mercado, principalmente na Península Ibérica, mas seu futuro está ameaçado pela sua própria submarca, a Cupra. A submarca, com um apelo mais jovial e arrojado, segue vendendo muito mais que a Seat por mais de um ano. Resta saber o que irá acontecer nos próximos anos. 

Lifan

Imagem /Fonte: Motor1

Mais recente na memória de nós brasileiros, a Lifan foi uma montadora chinesa que aportou em nossas terras no início dos anos 2000. A montadora foi uma das primeiras chinesas que tentou a sorte por aqui, mas infelizmente não deu muito certo para ela, nem aqui, nem lá fora. 

Acontece que, diferente das atuais chinesas que temos no Brasil hoje, os carros da Lifan não foram muito bem recebidos por aqui. Ainda era comum ver aqui ou ali, mas diferentemente de BYD e GWM, por exemplo, eram apenas alguns “gatos pingados”. Em 2020, a montadora emplacou apenas 21 carros no ano todo. 

A empresa declarou falência e a Geely (outra marca que também desistiu de atuar no nosso país), dona da Volvo, Lotus e muitas outras, comprou o que havia da Lifan. A compra não foi o suficiente para livrar a montadora da falência, as dívidas acumuladas passavam da casa dos R$ 2 bi, e atualmente a empresa não atua mais. 

A atual dona da Lifan tentou ressuscitar a marca apostando no futuro 100% elétrico, mercado em constante alta na China, agora com o nome Livan. O que temos agora são apenas alguns protótipos apresentados no salão chinês, todos com previsão de chegar à linha de produção até o final de 2025.

Alfa Romeo

Imagem /Fonte: Wikipedia

A história dos carros da Alfa Romeo no Brasil é um tanto complicada, mas não dá pra dizer que os italianos não tentaram. É fato que os modelos que passaram por aqui conquistaram o coração de muita gente, mas uma série de contratempos acabou com a história deles por aqui. 

Um dos grandes fatores era o preço: havia uma disparidade muito grande nos valores de um sedan premium nacional para um Alfa Romeo, por exemplo, o que fazia com que as vendas não fossem boas. Alinhado com o mesmo fator, os Alfa Romeo eram vendidos em concessionárias Fiat.

Não gerava confiança ou sequer algum sentimento de exclusividade, ou “premium” colocar um Alfa Romeo ao lado de um dos veículos mais baratos do Brasil na época, como o Uno e o Palio.

Os Alfa por si só já eram carros caros e, para piorar, a variação do dólar na época fazia com que seu preço subisse ainda mais, quando novo, e gerava uma desvalorização imensa ao carro seminovo, tornando-os um prejuízo. 

Depois de vários anos de atuação, e duas tentativas de renascimento, a Alfa Romeo, decide em 2006 dar adeus ao mercado brasileiro. Neste ano, a montadora já estava sob total controle da Fiat e esta decidiu dar mais atenção ao seu portfólio popular no Brasil com foco em veículos baratos, resistentes e confiáveis. 

Mahindra

Imagem/Fonte: Team-BHP

A Mahindra é a prova viva que, independente do sucesso que você tem em sua terra natal, às vezes a sua fama é apenas regional. Em sua passagem pelo Brasil, a marca colecionou reclamações, dúvidas e insatisfações com os produtos. 

Além da sua atuação no mercado automobilístico, seus negócios ampliam-se para o setor agrícola, serviços financeiros, tecnologia, hospedagem, transporte e logística, construção civil, energia renovável e mais. A empresa já chegou a ter um time de futebol e tem uma equipe de corrida na Fórmula E. 

Quando chegou ao Brasil, em 2007, veio com dois veículos, Scorpio e Pik Up, que tinham intenção de apresentar competitividade no segmento SUV e caminhonete, mas o custo-benefício não valia à pena. Com o preço de um Mahindra você compraria veículos já consolidados no mercado, e melhores. Esse combate, num mercado já consolidado, fez com que a Mahindra não fosse bem. 

A montadora deixou de vez o mercado brasileiro em 2017, demitindo mais de 40 funcionários em sua fábrica em Manaus. Isso gerou uma demanda imensa de peças de reposição para os carros que já estavam em circulação. Tal atitude levou os carros da Mahindra a ter uma enorme desvalorização no mercado de seminovos.

Ssangyong

Imagem/Fonte: Motor1

Esta é uma das mais conhecidas de toda essa lista. Não era difícil encontrar pelas ruas os SUVs e caminhonetes de design duvidoso, que exibiam com orgulho o “Powered by Mercedes Benz” na lateral de seus carros. Talvez seja essa a maior lembrança visual dos Ssangyong no Brasil. 

Assim como toda marca chinesa e coreana que veio para o Brasil, a Ssangyong foi muito mais forte em seu país de origem, a Coreia do Sul. Por aqui, a coreana oferecia apenas SUVs e caminhonetes, mas em outros mercados, principalmente asiáticos, o portfólio contava com sedãs de luxo, minivans, micro-ônibus e caminhões.

A companhia fundada em 1954 foi comprada pela Daewoo em 1997. Logo em seguida, comprada pela Shanghai Automotive em 2004 e, por final, em 2011, comprada pela Mahindra, que comentamos agora há pouco. Todas essas compras e vendas foram tentativas de tirar a Ssangyong da falência, o que não funcionou muito.

Em 2021, depois de um 2020 de vendas terríveis devido à pandemia, a falência realmente veio. Em 2022 o KG Group adquiriu a fabricante e, com isso, a finada Ssangyong hoje se chama KG Mobility, que promete lançamentos nos próximos anos. 

Ainda que fora do Brasil, não é difícil encontrar os carros Ssangyong pelas ruas. Os compradores seguem fiéis à durabilidade e confiança dos veículos, o que faz com que seja uma com pouca depreciação no mercado. 

Qual destas você sente falta? Faltou alguma marca aqui na lista?

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