Dia das Crianças: a origem dos carrinhos de brinquedo

Uma pequena paixão que, muitas vezes, é passada de geração em geração são as miniaturas de carros. E com o Dia das Crianças chegando, vamos falar um pouco mais da história destes brinquedos tão amados. 

Para muitos, eles são um pequeno pedacinho de metal com rodas, mas em muitos outros corações, têm um espaço especial, ou melhor, uma garagem. Não é muito raro encontrar colecionadores de todas as idades, com exemplares de vários modelos e tamanhos diferentes. 

Hoje em dia é algo tão comum que parece que sempre existiram, mas de onde vieram? Como se popularizaram? E como é hoje em dia? É o que falaremos no artigo de hoje!

A origem

Desde que existem crianças, existem brinquedos. Muitas das vezes, os pequenos são incentivados a terem gostos similares aos pais. No século XIX, era bem comum miniaturas de cavalos, locomotivas, carroças, e outros veículos da época. 

O surgimento das miniaturas de carros aconteceu quase que junto ao surgimento dos primeiros carros, no final dos anos 1800. É de se imaginar que o surgimento de um novo veículo encantasse qualquer criança naquela época, afinal, até hoje.

Mas, antes da popularização do automóvel como principal meio de transporte mundo afora, as miniaturas existentes ainda não contavam com aquele carinho especial e detalhista que temos hoje em dia. A produção buscava apenas lembrar de um carro, sem a intenção de ser uma réplica fiel em menor escala mesmo. 

Vale dizer também que os primeiros modelos eram geralmente muito caros, o que fazia com que apenas crianças de famílias com boa condição pudessem ter acesso às miniaturas mais “refinadas”. Mas aqueles que não tinham muitas condições não deixavam a vontade de brincar de lado, então carrinhos feitos de improviso, com tocos e materiais recicláveis, faziam a imaginação de todos brilharem. 

A popularização

Os carrinhos de brinquedo foram se tornando mais detalhados, mais fiéis aos modelos de produção da época e, consequentemente, mais populares. Mas ainda assim continuavam muito caros, afinal, o tamanho deles ainda era bem maior do que os Hot Wheels que conhecemos hoje em dia, por exemplo. 

Foi nesse contexto que marcas como Matchbox surgiram. A história diz que, por volta dos anos 1950, o então dono da empresa de miniaturas que viria a ser a Matchbox (que significa “caixa de fósforos” em inglês) recebeu uma encomenda de um pequeno rolo compressor que não pudesse ser maior que uma caixa de fósforos. Segundo o cliente, a escola da filha proibia brinquedos maiores que uma caixa de fósforos.

As crianças se interessaram imediatamente com o brinquedinho e, ao longo dos anos, a fama e demanda das miniaturas só foi aumentando. Por mais que modelos de escala um pouco maior ainda fizessem parte do mercado, as menores eliminavam um fator importante: o alto custo. Com algumas moedas, as crianças já podiam comprar um Matchbox, por exemplo.

A produção das miniaturas era um tanto quanto similar à de um carro normal: chapas de zinco e outros materiais eram moldadas baseadas em desenhos feitos à mão, a linha de produção incluía pintura, detalhamento final e montagem. Estima-se que no final dos anos 1960, só a Matchbox produzia sozinha mais de 40 milhões de miniaturas por ano.

Como é hoje em dia

Como toda paixão passada de geração em geração, hoje em dia as miniaturas ainda têm um mercado muito forte. Marcas como Hot Wheels, Maisto e muitas outras ainda têm uma fanbase fortíssima — e nem sempre o público alvo são as crianças.

Comparado aos preços de 15 anos atrás, quando miniaturas Hot Wheels custavam R$ 5, hoje temos exemplares que partem de R$ 15 a R$ 20 e edições especiais que custam incríveis R$ 200. E isso sem falar nas edições passadas, que frequentemente aparecem em leilões, que passam facilmente da casa das centenas de milhares de reais. 

Uma miniatura Hot Wheels de uma Volkswagen Van (Kombi), apelidada de “Beach Bomb”, de 1969, foi recentemente avaliada por uma casa de leilões por US$ 150 mil. Na cotação atual, ela ficou por mais de R$ 800 mil reais. 

Diferentemente dos primórdios da produção de miniaturas, hoje o processo é bem mais tecnológico: os detalhes são superiores e a qualidade também não se compara. Algumas fabricantes produzem miniaturas tão fiéis e tão detalhadas que o preço chega às alturas. 

A Amalgam é uma delas: alguns exemplares passam facilmente a casa dos US$ 30 mil, mas, olhando a foto abaixo, você diria que isso é apenas uma miniatura? Repare na qualidade:

Não adianta: seja para adultos ou crianças, uma miniatura bem produzida chama a atenção de qualquer um. Já garantiu o presente deste próximo dia 12 de outubro?

Fontes utilizadas para criação do artigo:

• https://www.amalgamcollection.com/
• mercadolivre.com.br
• https://www.cnnbrasil.com.br/
• https://uk.corgi.co.uk
• https://en.wikipedia.org/
• https://flatout.com.br/