Não é de hoje que as montadoras chinesas têm surpreendido o mercado automotivo no Brasil. Quem se lembra quando, em 2011, o Faustão se tornou garoto-propaganda da JAC Motors, que prometia transformar completamente os hábitos de consumo dos motoristas brasileiros?
Mesmo ela não se tornando o case de sucesso que almejava ser, com uma fábrica na Bahia que nem mesmo saiu da fase da pedra fundamental e até uma recente polêmica envolvendo o presidente da montadora no Brasil, Sergio Habib, a JAC segue operando em terras brasileiras, inclusive tendo inaugurado uma concessionária em São Paulo no mês passado. No entanto, agora ela conta com ainda mais concorrência.
Hoje, você vai conhecer um pouco mais sobre como o Brasil se tornou terra fértil para carros chineses nos últimos anos, além de entender se essa é apenas uma tendência passageira ou uma expansão que veio para ficar. Continue a leitura!
Por que há tantas montadoras chinesas no Brasil?
Segundo um levantamento do portal iG, um total de 16 fabricantes atravessaram o globo para estar em terras brasileiras em 2025. Este número inclui veteranas como a Chery e a já citada JAC Motors, mas também traz nomes (e siglas) que recentemente se tornaram parte do vocabulário popular, como BYD (Build Your Dreams) e GWM (Great Wall Motors).
Algumas novidades também figuram entre elas, como a startup Leapmotor, que estreará neste mês com dois modelos, e o retorno da Changan Automobile em uma parceira com a Caoa.

Mas o que há de tão atraente no mercado brasileiro para que tantas montadoras chinesas desembarquem aqui? Ou será que são as próprias fabricantes que oferecem algo que as suas concorrentes europeias e estadunidenses não conseguem?
Grande parte da resposta está em duas palavras: tecnologia automotiva. Além de ser a maior fabricante e exportadora de veículos no mundo, a China também é responsável pela cadeia de suprimentos necessários para a montagem, o que garante uma vantagem competitiva monumental.
Como resultado, seus carros elétricos e híbridos têm um desempenho no mínimo invejável: a BYD, por exemplo, já revelou seu novo sistema que garante uma autonomia de quase 500 km em apenas cinco minutos de carregamento da bateria. O valor mais competitivo também chama a atenção dos consumidores, ao ponto de que 2025 se tornou o ano em que a BYD superou as vendas mundiais da Tesla, com 1,61 milhão de unidades comercializadas até setembro.

Então os híbridos e elétricos vieram para ficar?
Resposta curta: sim. Com a alta produtividade na indústria chinesa — em parte motivada pelos salários mais baixos e a mão de obra numerosa —, além de todas as preocupações ambientais motivadas pelo uso de combustíveis fósseis, a tendência é que os carros elétricos e híbridos ganhem cada vez mais espaço em nossas ruas e estradas.
Em âmbito global, por exemplo, a BYD já tem mais de 40 modelos lançados desde 2020 (contra os cinco da Tesla), consolidando a influência e a estratégia de dominação que as montadoras chinesas vêm desenvolvendo nos últimos anos. No Brasil, já são mais de 30 mil carros elétricos emplacados até julho de 2025, com a expectativa de fechar o ano acima das 200 mil unidades.

Quais os desafios das montadoras chinesas no cenário brasileiro?
Mesmo com vendas cada vez mais expressivas, há alguns fatores que colocam o Brasil abaixo da média mundial quando o assunto é a compra de veículos híbridos e elétricos. Um deles é o valor dos produtos, visto que muitos ainda são importados.
Sem uma indústria automotiva receptiva, até mesmo a manutenção dos elétricos acaba encarecendo. No entanto, fábricas que antes abrigavam a produção de marcas tradicionais como Ford e Mercedes vêm se tornando casa para montadoras como BYD e GWM, o que promete baratear tanto os veículos quanto seus componentes.
Além disso, a infraestrutura de recarga para os veículos ainda busca melhorias para oferecer um serviço mais abrangente para os motoristas. Atualmente,
há mais de 16 mil pontos públicos e semipúblicos para o carregamento de carros elétricos e híbridos, com 77% oferecendo carga lenta e os outros 23% sendo carregadores rápidos.

Em meio a tantas mudanças no mercado automotivo brasileiro, uma verdade é constante: todo veículo precisa rodar protegido. A Associação Múltipla sabe a importância de contribuir para um trânsito prudente, especialmente em um cenário cada vez mais variado. Conheça todas as vantagens de ter uma Proteção Veicular para seu carro ou moto e faça parte do futuro!
Fontes utilizadas: A Gazeta, Veja, InfoMoney, Terra, Portal Solar, UOL.
