Brasil lidera vendas de veículos eletrificados na América Latina; entenda

Que os carros elétricos e híbridos têm tomado as ruas do Brasil todo mundo já sabe e consegue ver. Marcas como BYD, GAC e GWM estão cada vez mais presentes, algumas inclusive com fábricas operando em terras brasileiras. Paraná e Pernambuco, por exemplo, prometem começar a montar veículos da Renault Geely e da Leapmotor já em 2026.

Com as vendas no Brasil representando 42,6% do total da América Latina, segundo relatório publicado pela EvolvX, fica difícil não se interessar por não só como esse fenômeno tem ganhado espaço, mas quais suas influências no mercado automotivo. Continue lendo para entender!

Brasil dobrou vendas de EVs em 2024

De acordo com dados da ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico), já eram mais de 500 mil veículos elétricos rodando em todo o Brasil em agosto de 2025.

Pode parecer pouco ao olhar de forma mais abrangente para o cenário nacional, já que a frota brasileira conta com quase 124 milhões de veículos, mas esconde um aumento expressivo: em 2012, segundo a própria ABVE, tínhamos apenas 112 veículos eletrificados no país.

E o crescimento é exponencial: como adiantamos no subtítulo, as vendas de híbridos e elétricos mais que dobrou no ano de 2024, chegando à marca de 109.291 unidades apenas até agosto daquele ano.

Os dados da consultoria Marcelo Cavalcante de Lima ainda mostram que essa tendência é ainda mais significativa entre os veículos elétricos a bateria, também conhecidos como BEVs: no acumulado de 2024, eles tiveram um aumento de nada menos que 595% em comparação com suas vendas em 2023.

Veículos elétricos e o mercado automotivo brasileiro

Há muita expectativa quanto à adesão cada vez maior dos compradores aos veículos elétricos. Um ponto que era tido como obstáculo era o valor elevado dos modelos, já que por muito tempo a eletrificação era sinônimo de uma tecnologia pouco acessível.

No entanto, isso vem mudando a passos largos. Segundo especialistas do setor, há a possibilidade de os carros elétricos se tornarem mais baratos do que os movidos a combustíveis fósseis. Muito disso se deve ao barateamento de matérias-primas como lítio e níquel, além da expansão agressiva das montadoras chinesas ao redor do mundo (incluindo aí o Brasil), assunto que já tratamos neste artigo.

Além disso, o crescimento inegável da indústria e comércio de eletrificados no Brasil vem mudando alguns paradigmas não apenas relacionados ao mercado automotivo. O Balanço Energético Nacional 2025, divulgado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) ao lado do Ministério de Minas e Energia, declara que o transporte rodoviário está gastando muito mais energia do que no início da década.

Em 2024, foram consumidos 309 gigawatt-hora (GWh) pelo setor, contra 14 GWh em 2020 — um aumento de mais de 2000%. Nove entre cada veículos nesta frota são automóveis, os restantes se dividindo entre ônibus, caminhões e comerciais leves.

E como você fica no meio disso?

De acordo com um estudo realizado pela consultoria EY, estima-se que a venda de carros a combustão representará apenas 1% das vendas totais de veículos em 2045, daqui a apenas vinte anos. É uma estimativa ousada, mas que exemplifica muito bem o direcionamento do mercado automotivo mundial ao encontro de uma alternativa mais sustentável para o transporte.

No entanto, ainda há muita água para rolar por baixo da ponte neste assunto. Por enquanto, há diversos gargalos que dificultam que os veículos elétricos se tornem maioria no Brasil, como a falta de produção nacional de baterias de íons de lítio e a infraestrutura de recarga ainda insatisfatória. 

O que não pode faltar, seja o seu veículo elétrico ou a combustão, é o cuidado. É por isso que a Associação Múltipla oferece uma proteção veicular que faz toda a diferença para o seu carro ou moto. Prepare-se para o futuro: ele está logo aí, virando a esquina e, cada vez mais, sem fazer barulho de motor!

Fontes utilizadas: Forbes, CNN Brasil (1, 2, 3), gov.br, Gazeta do Povo, InsideEVs (1, 2).