Gasolina: entenda por que ela dominou os combustíveis no século XX

Mesmo com a frota brasileira de automóveis sendo flex, apenas 30% dos veículos utilizavam etanol, de acordo com uma pesquisa feita em 2024. Ou seja, a maioria esmagadora dos motoristas ainda faz uso da gasolina para abastecer seus tanques. Mas você já se perguntou por que isso acontece?

Hoje, você vai descobrir a história da gasolina e como ela acabou se tornando o combustível principal para carros de passeio no século XX — e também vai entender o futuro dos combustíveis em seu veículo. Acompanhe!

Gasolina: de descarte a tendência

Algo interessante sobre a história da gasolina é que sua descoberta não se deu no contexto automotivo. Na verdade, ela era apenas um descarte vindo da destilação do petróleo para se obter querosene para lamparinas. Este processo, feito pela primeira vez em 1859 por um homem chamado Edwin Drake, só recebeu a atenção devida com a invenção dos automóveis, quase na virada do século XIX ao XX, em que o refugo foi percebido como um combustível valioso.

Quando ficou claro que a gasolina era, sim, uma boa forma de energizar os carros, não demorou muito para que ela se tornasse o padrão para eles: na década de 1920, havia pelo menos nove milhões de veículos utilizando o combustível. Com o passar dos anos, a necessidade de movimentar motores cada vez mais potentes criou métodos para aumentar a octanagem da gasolina, surgindo assim os processos de aditivação — alguns deles proibidos no Brasil, como os derivados de chumbo.

Etanol e a evolução dos combustíveis

No século XX, a indústria automotiva passou por uma série de mudanças para abarcar as necessidades tecnológicas e ambientais que surgiram com uma industrialização mais abrangente. O Brasil, por exemplo, utiliza etanol na gasolina que circula no país desde 1976, tendo recentemente aumentado sua presença de 27% para 30%.

Muitas pessoas se perguntam o porquê de tal medida, mas há vários motivos para que governos ao redor do mundo invistam no etanol como alternativa e parceira viável da gasolina: de forma bastante resumida, é um combustível mais limpo, renovável e funciona bem como aditivo de octanagem.

O futuro do combustível automotivo: carros elétricos e mais

A verdade é que aqui, no século XXI, as discussões sobre o combustível mais adequado para os veículos já vai muito além da gasolina ou mesmo do etanol — até porque este último também conta com alguns obstáculos, como o custo mais alto para refino e instabilidade molecular, que pode acarretar em contaminação por água no combustível.

O movimento global para que os combustíveis fósseis sejam cada vez menos utilizados vem levando a discussão para ainda mais fontes renováveis, como a energia elétrica. Veículos elétricos, por exemplo, têm ganhado muito espaço ao redor do mundo, com uma previsão de 1,4 milhão deles nas ruas brasileiras até 2030.

No entanto, é inegável a importância da gasolina ao longo do último século, sendo a grande responsável pela expansão da oferta de automóveis e impulsionadora de grandes avanços tecnológicos na área. Não é à toa que o desempenho de um veículo utilizando este combustível ainda é tido como parâmetro em relação à performance dos carros elétricos.

Mesmo a transição dos combustíveis fósseis para os renováveis acontecendo a passos cada vez mais largos, a frota que está nas ruas hoje ainda utiliza muita gasolina para rodar por aí. E, assim como a gasolina foi essencial para a evolução dos carros no século XX, a Proteção Veicular é essencial para garantir sua tranquilidade hoje.

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Fontes utilizadas: IBP, EIA, UDOP, SAE Brasil, PPM Consultants, Quatro Rodas.