Se você é um entusiasta automotivo, já se fez essa pergunta: por que não se fazem mais carros como antigamente? É, eu sei que sim, eu também já me perguntei várias vezes.
Vamos tentar entender um pouco mais do que houve, o que levou o “carro” que conhecíamos antigamente a virar o que é hoje.
Seja você um admirador saudosista dos carros antigos ou um entusiasta da tecnologia que vem acompanhando as mudanças na indústria automobilística, não se pode negar que tudo está diferente.
Mas o que podemos esperar daqui pra frente? Vamos do começo.
O princípio
O ser humano sempre foi movido à descoberta, à inovação, ao encontro do diferente e inimaginável e não demorou muito para que esse senso de “novo” atingisse o meio de transportes.
Para entender a mudança é necessário saber o que antecedeu a inovação, que havia antes do primeiro carro?
O primeiro carro movido à combustão é datado de 1886, quando Karl Benz fez criou e patenteou o primeiro carro do mundo, o Benz Patent Motorwagen.
Como você pode ver, não tem nada parecido com os carros que vemos hoje em dia, mas foi o primeiro passo. Inovador, com certeza, imagine que numa época onde charretes e carroças eram o principal método de transporte você apresenta algo que pode revolucionar completamente o que você conhece?
Karl Benz está para o mundo automotivo como Santos Dumont está para a aviação, deu o primeiro passo e depois deixou que a necessidade criasse inovações.
Imagine se inovações não existissem? Já pensou o que seria fazer uma viagem daqui de Goiânia para São Paulo à bordo de um 14 bis?
A “Época de Ouro” dos carros
É difícil saber qual foi o carro que de fato trouxe a concepção de carros que temos hoje em dia. Acredita-se que o primeiro veículo a ser produzido e comercializado amplamente foi o Ford Model T, lá em 1908.
Mas estamos falando de mercado e popularização, porém, desde antes já haviam alguns “carros” por aí. O motivo das “aspas” é que muitos deles pareciam mesmo carruagens sem cavalos, o próprio Santos Dumont importou um desses para o Brasil. Direto da França, lá em 1891.
Mas pode se dizer que a explosão da indústria automobilística no Brasil veio logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, por volta de 1945, onde a Volkswagen decidiu investir pesado em nossos solos trazendo a marca com um de seus modelos mais emblemáticos: o Fusca.
Com os governos seguidos de Getúlio Vargas, o Brasil começou a investir pesado em produções em solo nacional devido ao grande estouro da indústria siderúrgica. Logo em seguida, com a ditadura militar, o mercado brasileiro fechou as portas para as importações, logo, o carro popular brasileiro era brasileiro mesmo.
O mercado e as ofertas foram mudando com o tempo. Gol, Chevette, Corcel e várias outras lendas foram surgindo e na medida que o tempo foi passando novos modelos iam surgindo e velhos conhecidos do mercado foram dando adeus pouco a pouco.
Não se fazem mais carros como antigamente!
Não, não fazem e quer saber de uma coisa: seja para sua alegria ou tristeza, não vão fazer mais!
Isso se dá por vários fatores, vamos falar dos principais.
Tudo precisa de mudança de inovação, por que seria diferente com os carros?
Vamos colocar numa análise bem superficial: o primeiro carro parecia um triciclo; só tinha um banco; um motorzinho que gerava pouquíssima potência e era muito lento. Dá pra imaginar se nada tivesse mudado?
Muitos dizem também que os carros antigamente duravam mais, tinham mais “lataria” e hoje os carros são feitos todos de plástico. Sim, antigamente os carros aguentavam uma pancada, danificavam menos mas, os carros mais velhos foram feitos para que eles durassem, o motorista era outra história.
Acontece que muitas pessoas, no que se refere à carros, são movidos pelo saudosismo e isso é completamente normal. É completamente aceitável se sentir desamparado quando algo que tínhamos muita admiração, simplesmente some de vista.
O que esperar para o futuro?
As coisas mudam, evoluem e ficam melhores e mais práticas. Imagine que o celular que você está usando para ler o artigo de hoje não é o mesmo que você tinha ou teria 10 anos atrás. Então porquê imaginar que no mundo automotivo seria diferente?
Não estou te dizendo que daqui 10 anos todos os carros do Brasil e do mundo estarão voando ao invés de compartilharem ruas com outros veículos mas posso te dizer que essa não é uma realidade distante.
A Embraer, empresa brasileira de aviação é pioneira na produção e comercialização dos que serão os primeiros carros voadores em território nacional e suas encomendas já passam das 200. A montadora já anunciou a construção de uma fábrica em Taubaté-SP e prevê uma frota ativa de veículos voadores até 2035.
O que era uma realidade em desenhos e filmes futuristas como O Quinto Elemento e Os Jetsons, hoje em dia é só uma questão de tempo para acontecer. Só temos duas opções: acompanhar a evolução ou se negar e ficar preso ao passado e, querendo ou não, a escolha mais certa é óbvia.