Não é preciso ser especialista para notar a popularização dos carros elétricos no mercado brasileiro, é notável e é sobre isso que iremos falar hoje.
De onde surgiu toda essa reviravolta no mercado? Devemos nos acostumar a ver mais e mais veículos elétricos nas ruas brasileiras? São várias perguntas que, agora, mais que nunca, causam dúvidas.
Fato é que o número de carros elétricos que estamos vendo hoje em dia nas ruas é muito superior ao que era antes, mas o que explica todo esse sucesso?
O começo
Pode se dizer que o começo dos carros elétricos aqui no Brasil foi um processo cauteloso, não foi de fato “com o pé na porta”. Primeiro foram chegando os híbridos, aqueles que são “meio-a-meio”, trabalhando com combustível fóssil e também eletricidade.
Essa foi quase como a porta de entrada para modelos 100% elétricos.
Como toda grande novidade, o mercado inicialmente tratou dos carros elétricos com estranheza e digamos que até com um pouquinho de preconceito, o que era de se esperar. Afinal, um mercado que, por eras foi dominado por veículos à combustão, ver um novo competidor totalmente diferente, causa espanto.
Vale lembrar que existe uma diferença entre carros elétricos e carros híbridos. Os híbridos são os que nós estamos mais acostumados a ver pelas ruas, que funcionam com um motor à combustão e um propulsor elétrico, vinculando e explorando o que há de melhor em cada um deles: o melhor desempenho (combustão) e a menor emissão de poluentes (elétrico).
A necessidade
Sim, há uma necessidade que o carro elétrico consegue suprir. Aliás, uma não, várias, mas as principais são as emissões de poluentes e o constante aumento no preço dos combustíveis.
Não podemos colocar a culpa do aumento da emissão de dióxido de carbono, e outros gases nocivos, apenas nos veículos à combustão. Esse aumento vem acontecendo gradativamente desde o Século XVIII juntamente com a Primeira Revolução Industrial, com a criação de novos maquinários e o desenvolvimento dos primeiros equipamentos movidos a partir da queima de combustível fóssil.
Porém, é inegável que o aumento de poluentes no ar está diretamente relacionado com os veículos, são aproximadamente 1,5bi de automóveis no mundo inteiro e, considerando que em grande parte são movidos à combustível, são responsáveis por mais de 60% da emissão de gás carbônico em todo o mundo.
Os desafios
Por mais que sejam a “solução”, o caminho dos veículos elétricos no Brasil está apenas começando a ser trilhado, muitos fatores impedem a sua popularização por aqui. O que mais distancia “clientes” de seu primeiro carro elétrico é, como vocês podem imaginar, o preço.
Além do preço, os terminais de recarga ainda não são tão comuns aqui no Brasil como são na Europa, por exemplo.
Existe também o fator confiança, os carros elétricos estão chegando agora, ainda têm muito chão para caminhar para conquistar o coração dos brasileiros por completo, mas já estão no caminho.
O sucesso
Sim, os veículos elétricos são o futuro da mobilidade urbana no Mundo. Várias marcas e países já estão tomando as devidas providências para a redução dos veículos à combustão. A Europa planeja, em até 20 anos, restringir o uso de veículos convencionais; a Volkswagen pretende reduzir em até 45% a produção de carros à combustão e injetou bilhões em um novo plano de mobilidade sustentável.
É um longo caminho a ser percorrido ainda, mas o primeiro passo já foi dado, teremos que aguardar para ver o que o futuro nos reserva.
Aqui nas nossas terras, podemos notar um crescimento de mais de 250% na venda desses veículos, superando expectativas de especialistas no mercado e surpreendendo a todos. A chinesa BYD foi a que mais cresceu entre 2022 e 2023, em 2022 emplacou 260 veículos e em 2023, impressionantes 17.946 veículos!