Por que o preço dos carros aumentou?

Se você pensa em comprar um veículo em 2022, deve estar se perguntando se vale a pena adquirir esse bem agora. Afinal, o preço dos carros novos e usados dispararam, principalmente no último ano.
O atual cenário pode ser vantajoso para quem pretende vender um veículo usado. Isso porque, em alguns casos, o proprietário pode conseguir vendê-lo por um preço até maior do que quando comprou. Já para quem quer adquirir um carro zero, a situação é outra.
Em 2021, o setor automobilístico enfrentou uma crise na produção de veículos devido à pandemia da Covid. A falta de matéria prima, alta do dólar e inflação são alguns fatores que fizeram com que o valor dos automóveis sofresse essa valorização incomum.
Por isso, no artigo de hoje vamos falar um pouquinho sobre o que ocasionou essa alta dos preços, além de mostrar as perspectivas para o mercado automobilístico neste novo ano. Confira!

Oferta e procura

A escassez de semicondutores, tecnologia usada na fabricação de automóveis, afetou a produção de veículos não só no Brasil, mas no mundo todo. Essa baixa quantidade de matéria prima fez com que os preços disparassem.
Muitas fábricas diminuíram a produção e outras chegaram a fechar as portas. E quando não há o produto à pronta-entrega, muitos compradores decidem ir ao mercado de usados. É uma simples situação de “oferta e procura”.
Baixa quantidade em estoque + alta procura no mercado = valorização do produto
E não foi só a falta de matéria prima que elevou o preço dos veículos. As peças de automóveis também sofreram reajustes fora do padrão. Além disso, distribuidoras Brasil afora enfrentaram atraso na entrega de até 30 dias. Isso dificulta a venda, o conserto do veículo e, é claro, a vida do consumidor final – que acaba pagando mais caro.

Inflação + alta do dólar

No mercado nacional, os brasileiros viram os preços de tudo subir: veículos, alimentos, energia, gás. Enfim, produtos e serviços em geral. Em 2021, a inflação ficou na casa dos dois dígitos, diminuindo o poder de compra do consumidor.
Somado à escassez de insumos e à inflação, várias montadoras também apontam a alta do dólar como um grande agravante nessa situação. Inclusive várias marcas e grupos automobilísticos explicaram que o aumento do dólar foi contido durante muito tempo. Porém, nesse momento, ele acabou sendo repassado ao consumidor.
Não podemos deixar de falar do aumento drástico no preço dos combustíveis, que também está atrelado à alta do dólar. Esse aumento afetou muito o bolso dos motoristas.

Por que o preço dos combustíveis aumentou?

Essa é uma pergunta que sempre fica “martelando” a nossa cabeça. Ainda mais quando lembramos que nós, brasileiros, somos donos de uma grandíssima fonte de petróleo, o pré-sal.
Em resposta à isso, a Petrobras informou que o preço que o consumidor final paga no posto não é definido pela empresa. Ou seja, fica a cargo das redes de postos a precificação do combustível.
O aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) também é apontado como um dos responsáveis pela alta do valor. Isso porque quando ele sobe, os preços dos combustíveis o acompanha.
Outro fator que contribui é o padrão PPI, preço de paridade de importação. Esse padrão é a justificativa das refinarias sobre o aumento. Em outras palavras, o preço dos combustíveis subiu no mundo todo, logo, vai subir aqui também.
Infelizmente, segundo especialistas, não há como comprovar que os preços vão abaixar. Pelo menos não por agora. O que governos estaduais têm feito é o congelamento do ICMS, a fim de conter o aumento. Porém, essa ação não tem eficácia a longo prazo, já que logo ele será cobrado novamente.
Uma alternativa encontrada por mais de 20 mil goianos é aproveitar os descontos que nós, Associação Múltipla, disponibilizamos em conjunto com os postos de combustíveis parceiros.

Mercado automobilístico em 2022

Especialistas afirmam que o segmento automotivo ainda encontra dificuldades na cadeia de produção, mas a expectativa é que esse ano a situação melhore. Existe uma tendência de normalização do fornecimento de semicondutores no setor automotivo entre o fim de 2022 e início de 2023.
Com isso, espera-se que a produção de veículos fique mais estável e haja uma equiparação de preços no mercado. Como um efeito dominó, à medida que o processo de normalização de semicondutores ganhar força, haverá um aumento na disponibilidade das frotas e, consequentemente, uma redução nos preços dos seminovos e usados.
Nesse sentido, a orientação é que, se puder, a pessoa espere pelo segundo semestre de 2022 para comprar o carro, já que há perspectiva de uma produção mais estável. Dessa forma, o consumidor poderá encontrar oportunidades por um custo melhor. Mas vale destacar que isso é apenas uma projeção!
E não se esqueça, após comprar um veículo faça a proteção do seu patrimônio! Afinal, você não vai querer correr o risco de perder esse bem após ter esperado o melhor momento para comprá-lo.
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